Após cobrança de Lorenzoni, presidente da CPI do Cachoeira marca depoimento de Cavendish

Fala que eu te escuto – Dono da Delta Construção, o empresário Fernando Cavendish prestará depoimento à CPI do Cachoeira no próximo dia 28 de agosto. O agendamento do depoimento do empreiteiro foi anunciado pelo presidente da comissão, senador Vital do Rêgo, após o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) cobrar a presença de Cavendish. Lorenzoni também manifestou, nesta terça-feira (14), a urgência em se marcar o depoimento de Luiz Antônio Pagot, ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e dos ex-sócios da Sigma, José Quintela e Romênio Machado, empresa associada à Delta. As convocações foram aprovadas há cerca de um mês.

“São quatro convocações que serão elucidativas do modus operandi da quadrilha de Cachoeira. Já identificamos repasse de R$ 300 milhões para empresas laranjas que têm mesma origem: a Delta. Estamos deixando de ir atrás dos peixes grandes”, protestou Onyx Lorenzoni. Três desses depoimentos ainda não foram marcados pela presidência da CPMI. “O homem que pilotou o orçamento bilionário no DNIT quer falar e não querem deixar”, reforçou o democrata sobre Pagot.

Lorenzoni reafirmou a importância de focar a investigação na Delta e revelou: a empresa foi a construtora que mais recebeu recursos do governo federal neste semestre. “Precisamos usar o tempo que resta nesta comissão para gerarmos resultados. Já ouvimos o decorador do Cachoeira. Daqui a pouco vamos ouvir o psiquiatra da mulher ou da ex-mulher de Cachoeira”, ironizou.

“Por que Cachoeira se aproximou de Cavendish? Porque dava mais dinheiro que fazer maquininha. O mais grave de tudo isso é que a mina de dinheiro perseguida por Cachoeira é dinheiro do cidadão brasileiro”, completou.

Na reunião administrativa desta terça-feira a Comissão aprovou uma série de convocações e mais de trinta transferências de sigilo de empresas e pessoas supostamente ligadas à organização criminosa. Uma delas refere-se à quebra do sigilo de dados de Andressa Mendonça, mulher do contraventor. Além disso, foi autorizada a requisição de cópias de contrato, empenho e ordens de pagamento de contratos da Delta com os estados de Tocantins, Goiás e Mato Grosso e com o Distrito Federal.