Mercado financeiro contraria o Palácio do Planalto e eleva a previsão de inflação

Inimigo indomável – Os principais integrantes do governo da neopetista Dilma Vana Rousseff têm afirmado que a economia brasileira começa a dar sinais de recuperação, mas a realidade é distinta, especialmente quando o assunto é inflação. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação deve chegar ao final deste ano a 5,15% este ano, segundo projeção de analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo Banco Central (BC). No Boletim Focus divulgado na última semana a estimativa estava em 5,11%, mas foi elevada pela sexta vez seguida. Para 2013, há oito semanas prevalece a projeção de 5,5%.

O IPCA é o índice escolhido pelo governo para acompanhar a meta de inflação. Essa meta tem como centro 4,5% e margem 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Ou seja, as estimativas para o IPCA estão acima do centro da meta, mas abaixo do limite superior de 6,5%.

A meta de inflação é um alvo estabelecido pelo Banco Central, que sua a flexibilização da taxa básica de juro, a Selic, como instrumento para calibrar os preços e influenciar a atividade econômica. Atualmente, a Selic está em 8% ao ano, mas o desaquecimento da economia deve levar o Comitê de Política Monetária (Copom) a realizar mais um corte na próxima reunião, marcada para os próximos dias 28 e 29 de agosto.

A expectativa do mercado financeiro em relação à próxima reunião do Copom é que a Selic caia para 7,5% ao ano, podendo encerrar 2012 na casa dos 7,25%. Para 2013, os analistas apostam no aumento da Selic, que deve encerrar o período em 8,38%, ante os 8,5% previstos anteriormente.

A pesquisa do BC também traz estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que passou de 4,3% para 4,32%, neste ano, e de 4,65% para 4,71%, em 2013.