Parlamentares abandonam o trabalho remunerado e se dedicam às campanhas eleitorais

Vida mansa – Como sempre acontece a cada dois anos, o Brasil novamente é tomado por campanhas eleitorais, desta vez no âmbito municipal. Candidatos a vereadores, prefeitos e vice-prefeitos infernizam a vida dos eleitores com promessas mirabolantes, que como tal não serão cumpridas.

O pior nesse cenário é que muitos candidatos já têm mandato eletivo e abandonaram os afazeres para tentar a reeleição. Em todo o País, parlamentares continuam recebendo o salário sem a devida contrapartida. É o caso do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), candidato à prefeitura de Osasco, cidade da região metropolitana de São Paulo. Como se não bastasse, João Paulo também tem dedicado parte do tempo para acompanhar o julgamento do Mensalão do PT (Ação Penal 470).

Ao se debruçar sobre o maior escândalo de corrupção da história política nacional, o ministro Joaquim Barbosa, relator do processo, entendeu que João Paulo Cunha foi mentor de um escandaloso caso de desvio de dinheiro da Câmara dos Deputados, que beneficiou o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, o príncipe do mensalão, e seus dois sócios na agência SMP&B, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach.

A ausência de cada parlamentares durante o período eleitoral custa ao contribuinte, na seara do Congresso Nacional, perto de R$ 130 mil. Esse escárnio faz com que mesmo contra o desejo da população, o suado dinheiro do trabalhador está sendo utilizado pra financiar campanhas utópicas e mentirosas. Fora isso, as empresas que foram beneficiadas durante o mandato do parlamentar-candidato novamente despejarão dinheiro nas campanhas pelo Brasil afora.