Joaquim Barbosa votou pela condenação de Pizzolato, que acusou Gushiken de ser o mandante

Falou demais – Relator do processo do Mensalão do PT (Ação Penal 470), o ministro Joaquim Barbosa votou, na segunda-feira (20), pela condenação de Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. No julgamento que acontece no Supremo Tribunal Federal, o ministro condenou também o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza e seus sócios Cristiano Paz e Ramon Hollerbach nos crimes de corrupção ativa e peculato.

Joaquim Barbosa votou ainda pela absolvição de Luiz Gushiken, ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, “por falta de provas”, seguindo entendimento do procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

Acusado de desviar recursos do Banco do Brasil por meio de contrato com a DNA Propaganda, empresa de Marcos Valério, Henrique Pizzolato viu sua situação complicar ao longo do escândalo depois que, durante a CPI dos Correios, afirmou que o esquema de corrupção era coordenado por Luiz Gushiken.

Abandonado pelo PT, Pizzolato foi obrigado a se virar por conta própria em sua defesa. Se Luiz Gushiken era de fato o manda-chuva do esquema criminoso não se sabe, até porque provas contra ele não existem no processo, mas é certo que as ordens partiam do Palácio do Planalto.