Candidatos do PCdoB à Câmara de São Paulo ignoram escândalos e zombam da memória do eleitor

Face lenhosa – O ápice da desfaçatez na estreia da propaganda eleitoral em São Paulo ficou por conta do PCdoB, que em passado não tão distante era um crítico feroz das transgressões cometidas pela direita. Tentando a reeleição, o vereador Netinho de Paula aparece na propaganda do PCdoB dizendo “levo a vida de coração aberto e cabeça erguida”. Quem pode falar sobre esse suposto bom mocismo do vereador-pagodeiro é sua ex-mulher, a decoradora Sandra Mendes de Figueiredo Crunfli, violentamente espancada por Netinho de Paula.

Em 2010, o Instituto Casa da Gente, ONG fundada por Netinho de Paula, devia aos cofres da União mais de R$ 790 mil por inadimplência em convênios firmados com o governo federal, a partir de 2003.

Assessora do vereador Netinho de Paula na Câmara Municipal, Veruska Ticiana Franklin de Carvalho comandava, em 2004, a Federação das Associações Comunitárias de São Paulo (Facesp), entidade que recebeu R$ 1,6 milhão do Programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, para criar 125 núcleos esportivos nas cidades paulistas de Americana, Campinas, Mauá e Osasco. O projeto tinha como objetivo beneficiar 12.500 crianças, jovens e adolescentes. Como não conseguiu descobrir o paradeiro do dinheiro, o Ministério do abriu procedimento para cobrar o ressarcimento de R$ 3,5 milhões (valor atualizado à época) por falta de execução do projeto.

Também candidato a vereador pelo PCdoB, o ex-ministro Orlando Silva (Esporte) faz questão de citar o nome do ex-presidente Luiz Inácio da Silva em sua aparição no programa eleitoral do partido. “Aprendi com o presidente Lula que com trabalho e dedicação tudo é possível…”, diz o candidato comunista. De fato Orlando Silva tem razão ao fazer tal afirmação, pois foi com muito trabalho que ele utilizou o cartão de crédito corporativo da Presidência da República para pagar uma tapioca e custear a ida da sua família ao Rio de Janeiro, onde se hospedou em hotel de luxo.

Não custa lembrar que Orlando Silva foi ejetado do Ministério do Esporte na esteira de um rumoroso escândalo de corrupção envolvendo o programa “Segundo Tempo”. O agora candidato a vereador foi acusado de participar de um esquema de desvio de dinheiro público para reforçar o caixa do partido, até porque não há na terra comunista que odeie dinheiro.

Para finalizar, o eleitor precisa ser lembrado do manifesto do PCdoB em favor do sanguinário ditador líbio Muamar Kadhafi. “Independentemente do julgamento futuro da História, Muamar Kadhafi será pelo tempo afora recordado como um herói pelos líbios que amam a independência e a liberdade”, publicou o PCdoB, à época, em sua página eletrônica.