Com votos de Marco Aurélio e Celso de Mello, condenação de João Paulo Cunha chega ao placar de 8 a 2

(Foto: Nelson Jr. - STF)
Sinuca de bico – Segundo mais antigo ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello foi o sétimo magistrado da Corte a condenar o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), denunciado pela Procuradoria-Geral da República por ter recebido R$ 50 mil do esquema que ficou nacionalmente conhecido como Mensalão do PT. Marco Aurélio também condenou o publicitário mineiro Marcos Valério Fernandes de Souza e seus ex-sócios, Cristiano paz e Ramon Hollerbach.

Decano do STF, o ministro Celso de Mello também votou pela condenação do petista e do grupo de Marcos Valério. Como a decisão do mais antigo magistrado do Supremo, o placar em desfavor de João Paulo Cunha é de oito votos a dois. Votaram pela condenação os ministros Joaquim Barbosa (relator), Rosa Maria Weber, Luiz Fux, Cármen Lúcia Antunes Rocha, Cezar Peluso, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello e Celso de Mello. Pela absolvição votaram os ministros Ricardo Lewandowski (revisor) e José Antônio Dias Toffoli.

Em voto longo, Celso de Mello descartou duas denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República: lavagem de dinheiro e uma das de peculato.

Por ocasião do escândalo, João Paulo alegou que sua esposa, Márcia Milanésia da Cunha, incumbida de receber o dinheiro, fora à agência do Banco Rural para pagar faturas de empresa de televisão a cabo. Como a desculpa foi logo desmontada, o parlamentar remodelou o palavrório e disse que o dinheiro foi repassado pelo PT para a contratação de pesquisas de opinião na região de Osasco, cidade da Grande São Paulo.