Homenagens a Cezar Peluso, no plenário do STF, fazem sombra ao pífio currículo de Dias Toffoli

A Cezar o que é de Cezar – Quem acompanhou a primeira parte da sessão desta quarta-feira (29) do Supremo Tribunal Federal, dedicada ao julgamento do Mensalão do PT (Ação Penal 470), em dado momento se entregou ao silêncio quando o presidente da Corte, ministro Carlos Ayres Britto, suspendeu os trabalhos para homenagear o também ministro Cezar Peluso, que no próximo dia 3 de setembro se aposenta compulsoriamente. A quietutde foi ainda maior porque Cezar Peluso lavou a alma de milhões de brasileiros, inconformados com a desfaçatez de corruptos como João Paulo Cunha.

Intransigente em algumas ocasiões e metódico quase que por natureza, Peluso, faz-se necessário reconhecer, é um estudioso do Direito. Talhado para a magistratura, Cezar Peluso jamais deixará a mais alta Corte da Justiça brasileira, apesar da aposentadoria, como lembrou Ayres Britto. No Supremo ficarão suas precisas interpretações das leis, a parcimônia ao votar, a flexibilidade como ouvinte, a justeza como julgador, a independência de quem conhece o ofício que exerceu durante décadas.

Por sugestão do advogado Márcio Thomaz Bastos, que defende um dos réus no caso do mensalão, a sessão foi suspensa para que Cezar Peluso fosse cumprimentado por todos os presentes no plenário do STF.

A justa homenagem ao ministro Peluso leva os mais atentos à reflexão, pois é inadmissível que um magistrado com vasto conhecimento e trajetória reconhecida conviva com um par do naipe do José Antônio Dias Toffoli, que só chegou ao Supremo por causa da politicagem exercida pelo PT e dos interesses escusos de Luiz Inácio da Silva e sua camarilha. Arrogante e tendo a corrupção como néctar da própria sobrevivência, Lula apostou suas fichas na partidarização da mais alta instância da Justiça nacional. Peluso deixará de frequentar o Supremo, mas o tiro de Lula, que não atravessou a Praça dos Três Poderes, saiu pela culatra.