Marcha lenta – Beira o inacreditável o fato de o escândalo do Mensalão do PT, com condenações já confirmadas pelo Supremo Tribunal Federal, ainda não ter estreado nas campanhas dos candidatos às eleições municipais de outubro próximo.
Adversário histórico e figadal do Partido dos Trabalhadores, com quem trava quedas de braços intermináveis, o PSDB ainda não fez uso da condenação do deputado federal petista João Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara e acusado de receber R$ 50 mil do esquema criminoso operado pelo publicitário mineiro Marcos Valério Fernandes de Souza. Cunha, que até antes da condenação disputava a prefeitura de Osasco, cidade da região metropolitana de São Paulo, foi obrigado a desistir da candidatura.
A lerdeza dos adversários permitiu ao presidente nacional do PT, Rui Falcão, abusar da ousadia e afirmar, durante o anúncio do novo candidato petista à prefeitura de Osasco, que houve um golpe da oposição “conservadora, suja e reacionária” pela mídia e pelo poder Judiciário para destruir o partido na condenação do deputado federal João Paulo Cunha (PT) no julgamento do mensalão, o maior escândalo de corrupção da história nacional.
O descompasso dos partidos que fazem oposição ao PT em todo o País é injustificável, pois a existência do mensalão, negada por petistas estrelados e confirmada pela maioria dos ministros da Corte, foi admitida por destacados integrantes da legenda, como é o caso de José Eduardo martins Cardozo, atual ministro da Justiça, que pediu punição aos culpados.
A pasmaceira que toma conta da oposição é um endosso ao projeto totalitarista de poder que o PT tenta implantar, cujo objetivo é transformar o Brasil é um coquetel de Cuba com Venezuela, onde os respectivos tiranos existem à sombra da chamada ditadura ideal. Quando isso acontecer nas paragens brasileiras, a fatura terá de ser cobrada desses inertes que dizem combater a tirania criminosa que grassa do Oiapoque ao Chuí.