No limite – Quando fala-se em política no Brasil, logo vem à mente a histórica queda de braços entre petistas e tucanos, situação que tem consumido sobremaneira a paciência do eleitor. Esse cenário se perpetua como se a nação fosse incapaz de conviver com uma situação política que não envolva as duas agremiações.
O principal sinal dessa saturação do eleitorado é facilmente comprovado nas pesquisas de intenção de voto nas capitais dos 26 estados brasileiros. O PSDB, que desde a saída de Fernando Henrique Cardoso tenta retomar o poder central, lidera em apenas seis capitais: João Pessoa, Maceió, Manaus, São Luís, Teresina e Vitória. Por outro lado, o PT, que de Norte a Sul desfila como a derradeira solução para o planeta, lidera as pesquisas em duas capitais: Goiânia e Rio Branco.
A situação é complexa para os dois principais partidos brasileiros. Para o PSDB, uma eventual derrota de José Serra na corrida à prefeitura paulistana produzirá verdadeira revolução em uma legenda que passa a maior parte do tempo rachada. No caso do PT, a não conquista de importantes capitais deve atrasar de alguma forma o projeto de poder totalitarista que a cúpula da legenda tenta implantar no País desde a chegada de Lula ao Palácio do Planalto.