Haddad e Marta Suplicy falam sobre transporte público, mas esquecem o nó da mobilidade urbana em SP

Papo furado – Candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad se agarra ao “bilhete único mensal” para conquistar a simpatia dos eleitores da maior cidade brasileira. O projeto, que foi anunciado recentemente, agora conta com o endosso da senadora Marta Suplicy, que de forma nada convincente embarcou na campanha do companheiro de legenda.

Em programa de Haddad levado ao ar na noite de quarta-feira (5), Marta disse que o “bilhete único mensal vai mudar a realidade do transporte público em São Paulo”. Não será com medidas populistas e meramente eleitoreiras que o transporte público conquistará alguma melhora, pelo contrário. É preciso investir pesadamente no setor, além de substituir com extrema urgência o asfalto de péssima qualidade das ruas e avenidas da capital dos paulistas.

Contundo, de nada adianta investir no transporte público se a mobilidade urbana não for prioridade. Enfrentando um trânsito cada vez mais inviável, os moradores da cidade de São Paulo gastam no mínimo três horas por dia nos quase intermináveis congestionamentos. A situação piorou sobremaneira com a enxurrada de carros novos, decorrente das benesses tributárias concedidas pelo ufanista Luiz Inácio da Silva às montadoras.

Como se sabe, Lula é inimigo do planejamento, pois sua conhecida incompetência exige ações com resultados imediatos, o que garante a sua falsa popularidade. Não se pode despejar milhões de novos carros nas vias das grandes cidades sem antes apelar ao planejamento para solucionar os crescentes problemas de mobilidade urbana.

Outra questão que comprometeu o transporte público foi a geração de empregos, que tirou de casa pessoas que estavam inertes em seus lares. Além disso, a onda de consumismo patrocinada por Lula levou os brasileiros aos centros de compras, aumentando a demanda por transporte público e entupindo as ruas e avenidas com automóveis. É por esses motivos que o paulistano não deve confiar em Lula e muito menos acreditar nas promessas de Fernando Haddad, que deu provas inequívocas do seu talento nos seis anos em que esteve à frente do Ministério da Educação.