Bobagens ao vento – Como conhecida grã-fina que é, Marta Suplicy é afeita às pérolas. Mas o assunto desta matéria não está relacionado àquelas úlceras que se desenvolvem nas ostras e que tanto encantam nove entre dez mulheres. Ex-prefeita de São Paulo, senadora eleita pelo PT e agora ministra da Cultura, depois de uma barganha espúria para apoiar Fernando Haddad, candidato petista ao trono paulistano, Marta não perdeu tempo e, antes de voltar a ocupar uma cadeira na Esplanada dos Ministérios, acionou o seu folclórico besteirol, algo que faria a alegria do saudoso Stanislaw Ponte Preta, criador do “Febeapá”, Festival de Besteiras que Assola o País.
Na quarta-feira (12), um dia antes de ser empossada no cargo de ministra, a arrogante Marta tentou justificar a negociação política e afirmou que a tríade formada, no entorno de Haddad, pelo messiânico Luiz Inácio Lula da Silva, pela presidente Dilma Rousseff e ela própria “vai dar certo” e colocará o PT ao segundo turno da disputa pela prefeitura de São Paulo. “Lula é deus, eu sou a pessoa que faz e Dilma é bem avaliada”, disse a destrambelhada Marta Suplicy, que confia na missão de “recuperar votos de petistas e martistas” para Haddad.
As besteiras vociferadas pela atual ministra da Cultura são tão frequentes, que é possível afirmar que se trata de um corolário insano. Certa feita, a sexóloga Marta Suplicy, que à época estava deputada federal pelo PT, ousou dizer que “as decisões dos deputados são fálicas”. O que pode explicar o seu “relaxa e goza”, como solução para o outrora apagão aéreo.
Em outra ocasião, contrariando a sua conhecida aversão às camadas mais pobres, Marta disparou: “Marketing é para quem está no bem-bom, que não olha as necessidades de vocês”. Porém, quem conhece Marta Suplicy, sempre arrogante e despótica, zombou das vítimas da enchente de um córrego paulistano e disse que “pobre é falso, diz que não tem nada, mas qualquer chuvinha diz que perdeu tudo”. Ora, essa preconceituosa frase contradiz outra afirmação de Marta: “Lênin já dizia que o proletariado não deve recusar nenhuma tribuna para expor seu ponto de vista”. Desde que a agora ministra não seja o alvo dos descontentes.
Com dimensões continentais, o Brasil tem cultura tão vasta quanto sua extensão territorial. Diante disso, o comando das políticas culturais deveria ser entregue a alguém menos insano, com condições e equilíbrio de realizar algo em prol de uma sociedade diuturnamente vilipendiada por um governo totalitarista e golpista, que faz da corrupção continuada a sua maior obra.