Além das consequências penais do mensalão, o PT precisa ser condenado pela mitomania

Doença incurável – Durante os anos em que puxava as fileiras da ruidosa oposição, o Partido dos Trabalhadores sempre flanou a bordo do discurso da ética e da moralidade. Aliás, foi na esteira desse discurso, prometendo mudanças e inovações, que o PT finalmente, em 2002, conseguiu chegar ao poder central, após três derrotas do ex-metalúrgico Luiz Inácio da Silva.

Sob o manto do messianismo boquirroto, Lula, instalado no Palácio do Planalto, não precisou de muito tempo para mostrar sua incontestável vocação à corrupção. Enquanto o povo estava embevecido com a chegada de um trabalhador (sic) ao posto máximo da nação, o PT tratava de desviar dinheiro dos cofres públicos, apenas e tão somente para saciar a sanha criminosa que marca todo e qualquer partido político.

Sempre com a desculpa de que a enorme era a maldição da herança deixada pelo antecessor, Lula endossou atos de corrupção que podem ser considerados como os maiores da história nacional. O Mensalão do PT, criado sob a desculpa de que era preciso obter maioria no parlamento, foi o maior de todos.

Cada vez mais encrencado no julgamento da Ação Penal 470, no Supremo Tribunal Federal, o PT deve deixar o episódio seriamente chamuscado, não sem antes correr o risco de encolher como legenda. Por mais impactante que seja a sentença condenatória decorrente do julgamento no STF, o partido ancorado por Lula precisa ser condenado por algo muito pior do que a corrupção: a mentira.

Foi com base na mentira que Lula chegou à Presidência da República, prometendo aquilo que sabia que jamais cumpriria. Mentiu nos oito anos em que esteve no Palácio do Planalto, período em que mentirosamente negou todos os escândalos que marcaram o seu governo. E continua mentido para escapar de um achincalhe, como se a parcela pensante da população não estivesse vacinada contra a sua notória mitomania.