Ida de Paulo Henrique Ganso para o São Paulo FC deve manter acesa a polêmica por mais alguns dias

(Foto: Gaspar Nóbrega - Vipcomm)
Pano para a manga – Engana-se quem pensa que a epopeia envolvendo a transferência do meia Paulo Henrique Ganso chegou ao seu final. Capítulos decorrentes da intensa negociação que provocou barulho no futebol brasileiro ainda devem durar mais alguns dias. Pelo menos é o que se conclui a partir dos últimos acontecimentos.

Ganso, que foi apresentado oficialmente à torcida tricolor antes da partida entre o São Paulo FC e o Cruzeiro, no Estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi, teve recepção morna pro parte dos torcedores e não fez qualquer gesto que pudesse ser interpretado como declaração de amor ao clube. Para quem reiterou diversas vezes o desejo de jogar no onze do Morumbi, Ganso deixou a desejar. O jogador, por fim, não confirmação as declarações dos dirigentes de que estreará com a camisa do São Paulo na partida contra o Palmeiras.

Pelo lado do Santos, o poço de mágoas ainda é evidente. A diretoria do alvinegro praiano continua criticando a postura dos cartolas tricolores, que muito antes da conclusão do negócio convenceram o jogador a se deixar fotografar com uma camisa do clube. O problema de Ganso com o Santos FC começou quando o atleta passou pleitear o mesmo tratamento dispensado ao atacante Neymar. À época, a diretoria santista ofereceu a Neymar e a Ganso um plano de carreira, que foi recusado pelo meia. A partir de então a confusão caminhou na direção do impasse.

Ganso recebia no Santos muito menos do que Neymar, que com os valores pagos por seus patrocinadores embolsa mensalmente R$ 3 milhões. Paulo Henrique Ganso tem alguns contratos publicitários, mas seu salário no clube era de R$ 130 mil. Para manter o jogador na Vila Belmiro, o presidente do clube, Luís Alvaro de Oliveira Ribeiro ofereceu salário de R$ 420 mil mensais, mas Ganso manteve a decisão de deixar a equipe. De acordo com Luís Alvaro, o meia foi para o São Paulo para ganhar R$ 350 mil.