Alta da inflação e do desemprego anula o discurso ufanista de Dilma na Assembleia Geral da ONU

Deu errado – Quem imaginou que o discurso de Dilma Rousseff na ONU seria diferente, por certo perdeu tempo e acabou decepcionando-se. Na verdade, o que Dilma fez foi tecer loas ao seu governo, como se a equipe econômica verde-loura fosse uma reunião de herdeiros de Aladim. Não obstante, a presidente aproveitou a oportunidade de criticar as medidas adotadas pelos países em crise, que para salvarem suas respectivas economias aumentaram o fluxo de moeda, como se isso só fosse prerrogativa do Brasil.

O ufanismo de Dilma em relação ao seu governo começou a ser desmontado horas antes, pois na manhã de terça-feira (25) a Fundação Getúlio Vargas anunciou a alta da inflação. De acordo com a FGV, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) subiu em quatro das sete capitais analisadas na terceira semana de setembro, passando para 0,53%, alta de 0,04 ponto percentual em relação à apuração anterior.

Nesta quarta-feira (26) coube ao desemprego corroer o discurso de Dilma Rousseff, que ontem foi aplaudido por vários sindicatos de trabalhadores. De acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese) e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), a taxa de desemprego em sete regiões metropolitanas do País subiu para 11,1% em agosto, contra 10,7% em julho. No mesmo período de 2011, a taxa de desemprego era de 10,9%.

É preciso saber até quando o governo levará essa mentira adiante, quando se sabe que as medidas adotadas para incentivar o crescimento econômico são pontuais e temporárias, sem que o Planalto reconheça a necessidade de promover mudanças estruturais e definitivas na economia. Com os dados que têm sido divulgados fica evidente que o governo opta mais uma vez pelo errado caminho do consumo interno para enfrentar os efeitos da crise internacional e estimular a economia.

Durante oito anos o Brasil e o mundo apostaram na bolha de virtuosismo lançada irresponsavelmente por Lula, um obcecado pelo poder e que insiste em fazer da sua conhecida incompetência a bússola dos destinos do País. Enquanto a sociedade assistir de maneira letárgica a barbárie administrativa que aí está, o Brasil continuará andando de lado. Essa coisa de país emergente é recheio de discurso oficial e tese de mestrado de esquerdista.