No momento em que deveria fazer uma análise aprofundada do discurso de Dilma Rousseff na abertura da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, a mídia preferiu discutir sobre o figurino usado pela presidente no evento, como se nada do que foi balbuciado tivesse importância ou merecesse críticas. Aos brasileiros pouco importa se a roupa de Dilma estava adequada, mas, sim, uma análise balizada e verdadeira daquilo que foi dito, que, aliás, mais parecia um discurso de campanha, já que a presidente usou a maior parte do tempo para elogiar o próprio governo.
Como se sabe, Dilma, na maioria das vezes, insiste em usar roupas na cor vermelha, como forma de reforçar o seu conhecido e histórico apreço pelo esquerdismo obtuso, o mesmo que tem disseminado ditaduras pela América Latina. Seria o mesmo que um fanático torcedor de um determinado time de futebol chegasse à presidência e passasse a usar diariamente a camisa do clube. Há na vida situações que exigem bom senso, o que a esquerda verde-loura tem mostrado não ter.
Diante de mais um escárnio da imprensa nacional, resta saber o que mudou na vida dos brasileiros saber se adequada estava a roupa usada por Dilma na ONU, quando na verdade o mais importante seria dissecar as palavras ufanistas de alguém que aprendeu a abusar das inverdades com seu antecessor e mentor.