Governo esconde a grave situação da economia, marcada por baixo crescimento e inflação alta

Sinal vermelho – Quando a crise econômica fazia suas primeiras vítimas na União Europeia, o ainda ministro Guido Mantega, da Fazenda, dizia que o Brasil passaria ao largo desse movimento devido às medidas adotadas pelo governo nos últimos anos. Como se fosse pouca a irresponsabilidade desses herdeiros de Aladim, a presidente Dilma Vana Rousseff endossou as palavras do seu estafeta, mostrando que encontrara no Palácio do Planalto as pílulas de messianismo deixadas pelo antecessor.

A situação da economia brasileira é tão preocupante, que até mesmo os mais otimistas já começam a mudar de lado. Depois de inúmeras críticas aos economistas que fizeram previsões nada animadoras sobre a economia, os ocupantes do Palácio do Planalto foram obrigados a reconhecer como correta a previsão feita pelo Banco Central, que estimou o crescimento do PIB em 1,6% ara 2012, como noticiamos na edição de quinta-feira (27).

Em 2011, quando a economia cresceu 2,7%, o PIB foi chamado de “pibinho”, não sem antes os palacianos garantirem soluções milagrosas, sem que isso tivesse ocorrido até agora. O cenário torna-se ainda mais complicado com a informação divulgada pela Fiesp de que a indústria deve encerrar o ano com queda de 5%. Fora isso, o perigo maior está no fato de que a inflação continua resistente, com previsão de encerrar o ano acima do centro da meta fixada pelo governo.

Ora, não há como permanecer tranquilo diante de um binômio que mescla fraco crescimento econômico e inflação em alta. Para ajudar, o endividamento das famílias brasileiras é recorde e a inadimplência continua alta.

Mesmo ciente de que a conjuntura econômica não é a mais animadora, a presidente Dilma Rousseff, ao discursar na abertura da 67ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, dedicou boa parte de sua fala para enaltecer os avanços conquistados pelo governo do PT. Fosse o Brasil um país minimamente sério e responsável, Guido Mantega, que constantemente é alvo de chistes no mercado financeiro nacional, já estaria demitido, pois conversa fiada o brasileiro não mais suporta.