Golpe baixo – Como sempre afirmamos, na política não há acasos. Tudo ocorre de forma maquiavelicamente premeditada. Como antecipamos na edição de quinta-feira (27), a semana que antecede as eleições municipais seria marcada por jogo sujo e rapapés, em especial na capital paulista, onde o Partido dos Trabalhadores luta de forma desesperada para levar o “lulodependente” Fernando Haddad para o segundo turno.
Empatado tecnicamente com o tucano José Serra, o petista Haddad terá uma ajuda extra da “companheirada” que inunda os sindicatos. Em assembleia realizada na noite de ontem, membros do Sindicato dos Metroviários de São Paulo (aproximadamente sessenta pessoas) decidiram cruzar os braços na próxima quinta-feira (4), como forma de pressionar o governo do Estado a mudar a forma de pagamento da participação nos resultados da empresa.
A greve acontecerá três dias antes das eleições municipais, mas o presidente do sindicato, Altino de Melo Prazeres, garante que o movimento não tem ligação com o pleito. Caso dissesse o contrário, o sindicalista estaria dando um tiro de bazuca na campanha do petista Fernando Haddad. “Nossas reivindicações vêm desde a campanha salarial (em março, quando houve a última paralisação). Só estamos em estado de greve porque as negociações não avançaram. Além disso, não sei como a greve poderia ser vantajosa para nenhum dos lados (na disputa pela Prefeitura)”, disse.
Altino Prazeres disse também que ainda não está decidida a forma como se dará a paralisação. “Poderá ser greve ou a liberação de catracas. Vamos negociar isso com o Metrô e com o governo do Estado, para não prejudicar a população.”
Apesar dessa lufada de “bom-mocismo” que sopra sobre o Sindicato dos Metroviários, o objetivo é, além das reivindicações, é atacar o PSDB às vésperas das eleições, paralisando a mais importante cidade brasileira. É com esse pensamento obtuso e baderneiro que o PT quer administrar a quarta maior cidade do planeta. Enfim,como disse certa vez o abusado Lula, “nunca antes na história deste país”.