Financiada pelo contribuinte, Dilma viaja a São Paulo para ajudar Haddad e com os olhos na reeleição

Sem limite – O desespero que tomou conta do PT obrigou o ex-presidente Luiz Inácio da Silva a intimar sua sucessora, Dilma Vana Rousseff, a participar, na reta final, de um ato da campanha de Fernando Haddad na maior cidade brasileira. Por conta disso, a presidente embarca nesta segunda-feira (1) para São Paulo, onde, ao lado de Lula e outros companheiros, tentará convencer os eleitores paulistanos a levarem o “lulodependente” ao segundo turno.

A viagem à capital paulista contraria o discurso de Dilma, que disse semanas atrás que não se envolveria em campanhas. Uma decisão de bom senso, que foi atropelada pela necessidade do Partido dos Trabalhadores de não encolher de forma vexatória nas principais capitais brasileiras, em especial na cidade de São Paulo. Mas o escárnio maior está não mudança da opinião de Dilma, mas no fato de a viagem ser custeada pelo dinheiro do contribuinte, uma vez que por questões de segurança o presidente da República do Brasil não viaja em aeronaves particulares. Isso contraria o desejo de quase 44 dos brasileiros, que em 2010 não votaram em Dilma.

Mas outro detalhe carregará Dilma de Brasília à capital dos paulistas. Até recentemente, a presidente era constantemente incensada por seu antecessor, o abusado Lula, que aterrissou na seara do descrédito depois das acusações feitas por Marcos Valério Fernandes de Souza, que acusou o ex-metalúrgico de ter sido o chefe do Mensalão do PT. A viagem servirá para Dilma Rousseff marcar terreno dentro do PT e consolidar sua candidatura à reeleição, algo que até então estava no campo da incógnita por causa do desejo camuflado, agora sucumbido, de Lula voltar ao Palácio do Planalto.

Trata-se de mais uma prova de que o PT, que nos tempos de oposição condenou ações dessa natureza, usa a máquina federal, em especial a da Presidência da República, para ajudar na implantação do projeto totalitarista de poder que está em marcha desde janeiro de 2003. Reagir ainda é possível, sob pena de o Brasil ser abocanhado por uma ditadura nos moldes da que já existe na vizinha Venezuela.