Russomanno, Serra e Haddad já definiram estratégias finais, um misto de luta livre com enxadrismo

Dúvida cruel – Faltando seis dias para as eleições municipais, os três candidatos que lideram a corrida à prefeitura de São Paulo romperam a semana com estratégias definidas. Celso Russomanno, candidato do PRB e também da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), decidiu não atacar os adversários, o que evita solavancos, além de lhe garantir votos no segundo turno. Se a disputa na segunda etapa da eleição for com José Serra, candidato do PSDB, Russomanno contará com os votos dos eleitores de Haddad. Se a decisão for com o petista Haddad, o candidato do PRB espera contar com os votos dos eleitores tucanos.

José Serra, que com base nas recentes pesquisas pode chegar ao segundo turno, decidiu não atacar Russomanno, pois poderia favorecer o candidato do PT. Ou seja, o tucano manterá o tom elevado dos ataques ao PT e a Fernando Haddad.

O candidato petista está diante de uma encruzilhada. Se atacar somente Serra, pode não chegar ao segundo turno, uma vez que os votos iriam para Russomanno. Então resta atacar o candidato do PRB, como forma de angariar alguns votos a mais. Acontece que o PRB tem uma ligação visceral com o governo do PT no âmbito federal. Um dos caciques do partido e cunhado do bispo Edir Macedo, líder da IURD, o senador licenciado Marcelo Crivella foi agraciado com o Ministério da Pesca. Resumindo, o PRB faz parte da base de apoio ao governo de Dilma Rousseff, que foi intimada por Lula a apoiar de forma presencial a campanha de Haddad.

Traduzindo para o bom e velho idioma dessa barafunda chamada Brasil, na maior cidade brasileira a última semana de campanha eleitoral será um misto de filme de ação, dramalhão mexicano e dúvidas de sobra. E salve-se quem puder!