Financiados pelo povo, ministros repetem Dilma e deixam Brasília para participar de campanhas

Virou baderna – Definitivamente o Brasil é o país da piada pronta, queiram ou não os brasileiros de bem. No momento em que o planeta enfrenta grave crise econômica, com graves reflexos nessa barafunda inicialmente batizada pelos portugueses como Terra de Vera Cruz, ministros de Estado decidiram deixar a labuta para se dedicarem às campanhas eleitorais em seus redutos políticos, como se o Brasil não tivesse problemas a serem resolvidos.

Depois de afirmar que não participaria presencialmente de qualquer campanha política, a presidente Dilma Vana Rousseff, pressionada por Lula e pelo PT, foi obrigada a rasgar o próprio palavrório e desembarcar na capital paulista para alavancar o “lulodependente” Fernando Haddad, candidato do PT à sucessão de Gilberto Kassab. Depois que parte da imprensa, incluso o ucho.info, cobrou explicações sobre os gastos do deslocamento, o Palácio do Planalto informou que as despesas serão pagas pelo Partido dos Trabalhadores.

Dilma em breve aterrissará em Belo Horizonte, onde participará de comício do petista Patrus Ananias, que disputa o comando da capital mineira com o atual prefeito Márcio Lacerda (PSB), que lidera as pesquisas de intenção de voto. E mais uma vez o PT terá de arcar com as despesas de deslocamento e de pessoal da presidente. Para um partido que alega estar há anos em dificuldades financeiras, a ponto de se valer da inusitada benevolência do Banco Rural, é no mínimo estranho fazer despesas dessa monta.

Mas a farra eleitoral que domina o governo do PT não para por aí. Da impressionante, vasta e quase inócua equipe de ministros de Dilma (38 ao todo), três deles já abandonaram o posto de trabalho: Aloizio Mercadante (Educação), Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Garibaldi Alves Filho (Previdência Social). Outros sete já informaram que deixarão Brasília nas próximas horas: Aldo Rebelo (Esporte), Brizola Neto (Trabalho), Gastão Vieira (Turismo), Maria do Rosário (Direitos Humanos), Marcelo Crivella (Pesca), Mendes Ribeiro (Agricultura) e Paulo Bernardo (Comunicações).

Assim como o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, que não revelou a agenda para os derradeiros dias antes das eleições, a titular da Cultura, a petista Marta Suplicy também faz mistério sobre o assunto. Na última segunda-feira (1), Marta esteve em São Paulo, ao lado de Lula e Dilma, no comício do outrora inimigo e agora “queridinho” Fernando Haddad.

Se essa debandada de ministros, financiada com o suado e escasso dinheiro do contribuinte, acontecesse em um governo adversário do PT, a gritaria dos barbudinhos de plantão seria insuportável. Como disse o boquirroto filósofo Lula, “nunca antes na história deste país”. E assim caminha o Brasil rumo à ditadura ideal (sic)!

Experimente, caro leitor, deixar o seu trabalho por dois ou três dias sob a desculpa esfarrapada de que um parente qualquer é candidato nas eleições de domingo próximo e você precisa dar uma “mãozinha”. E depois conte-nos o resultado.