Contra o tempo – A três dias das eleições municipais, o Ministério de Minas e Energia determinou uma série de ações estratégicas para garantir, em condições de normalidade, o fornecimento de energia elétrica durante a votação no próximo domingo (7). As distribuidoras terão de reforçar suas equipes de tempo real e manter um esquema especial para as turmas de manutenção, caso seja necessária mobilização imediata.
Ministro de Minas e Energia, o peemedebista Edison Lobão aprovou na quarta-feira (3), durante reunião com dirigentes do setor elétrico, a execução do plano Medidas de Segurança Adicionais à Operação do Sistema Interligado Nacional. Na reunião, Lobão ouviu o detalhamento do plano, apresentado pelo diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Hermes Chipp. Na exposição, o executivo do ONS recomendou atenção máxima ao setor. O ministro determinou a suspensão das intervenções para manutenção em equipamentos no período das eleições.
O ONS informou que será adotado um reforço nas equipes de estudo e operação para garantir a rápida e eficaz mobilização para eventuais necessidades. A reunião ocorreu horas antes do apagão que deixou às escuras cidades de quatro regiões do País (Norte, Sul, Sudeste e Centro-Oeste).
De acordo com o ONS, a pane em um transformador de Furnas gerou perda de carga na Usina de Itaipu, que enviou imediatamente um pedido de alívio para as distribuidoras de energia. A reunião contou com a participação de integrantes da Secretaria Executiva e da Secretaria de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Eletrobrás e de subsidiárias de várias agências.
Enquanto o Palácio do Planalto refuta qualquer crítica sobre o sistema elétrico, como se a verdade não estivesse escancarada, o ministro Edison Lobão determina a suspensão de operações de manutenção como forma de garantir o restabelecimento do fornecimento de energia em tempo recorde. Ou seja, diferentemente do que afirmou Hermes Chipp na manhã desta quinta-feira (4), o sistema de transmissão de energia é mais vulnerável do que se imagina. E não serão desculpas esfarrapadas que convencerão a população. (Com informações da Agência Brasil)