Com as eleições definidas em algumas capitais, PT perde espaço em importantes cidades brasileiras

Balanço dos números – Vitória foi a primeira capital brasileira a encerrar a apuração para prefeito. Os candidatos Luciano Rezende, do PPS, e Luiz Paulo Velloso Lucas, do PSDB, disputarão em segundo turno o direito de comandar a capital capixaba nos próximos quatro anos. Com todas as urnas apuradas, Rezende é o primeiro colocado, com 39,14% dos votos válidos, enquanto Luiz Paulo, em segundo, conquistou 39,69% dos votos válidos. Em terceiro lugar, com 18,41% dos votos válidos ficou a candidata petista Iriny Lopes, que a convite de Dilma Rousseff comandou a Secretaria de Políticas para as Mulheres.

Em Goiânia, o prefeito Paulo Garcia (PT) deve ser reeleito no primeiro turno. O segundo colocado, Jovair Arantes (PTB), está muito distante do líder das pesquisas. O PT, que atualmente controla as prefeituras de seis capitais, corre o risco de romper o ano apenas no comando da capital dos goianos.

Em Porto Alegre, o prefeito José Fortunatti, do PDT, será reeleito no primeiro turno. A segunda colocada na corrida à prefeitura da capital dos gaúchos é Manuela D’Ávila, do PCdoB. Em terceiro aparece o candidato petista Adão Villaverde, que contou com o apoio do governador Tarso Genro, do ex-governador Olívio Dutra, das ministras Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, e dos Direitos Humanos, Maria do Rosário. O que mostra que o PT, ao longo dos anos, perdeu terreno em Porto Alegre, domicílio eleitoral da presidente Dilma Vana Rousseff.

No Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes, do PMDB, já está reeleito. O segundo colocado é Marcelo Freixo, do PSOL. A vitória de Paes ainda no primeiro turno é resultado também do apoio do governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), envolvido com o empresário Fernando Cavendish, dono da Delta Construção e um dos alvos da CPI do Cachoeira. O governador fluminense só não foi convocado para depor na CPI porque contou com a blindagem do Partido dos Trabalhadores, operação comandada pelo deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP). Em outras palavras, os cariocas, em sua maioria, não estão preocupados com ética na política.