Gilberto Carvalho admite os efeitos do mensalão e vê companheiros fracassarem em Londrina

Sol com a peneira – Secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho foi escolhido pelo núcleo palaciano para falar sobre as análises do governo acerca das eleições municipais do último domingo (7). Ex-integrante da equipe de Celso Daniel, cuja trágica morte foi tratada com frieza pelo “companheiro”, Carvalho reconheceu que o julgamento do mensalão prejudicou o PT nas urnas, o que era esperado, apesar de Lula ter minimizado o fato.

Nesse balanço das eleições, Gilberto Carvalho omitiu um fato relevante. Em Londrina, reduto eleitoral do secretário da Presidência, o PT, sob sua coordenação política, fracassou nas urnas. Candidata à prefeitura da segunda mais importante cidade do Paraná, Márcia Lopes Carvalho, irmã de Gilberto e ex-ministra de Desenvolvimento Social, terminou a disputa em terceiro lugar, com míseros 14,08% da preferência do eleitorado local.

Trata-se de um desastre político do PT em Londrina, pois o partido participou da administração da cidade com Luiz Cheida e Nedson Micheletti. Para piorar o quadro, que Gilberto Carvalho prefere omitir, o Partido dos Trabalhadores só conseguiu uma vaga na Câmara Municipal, com a eleição de Lenir Assis, assistente social como a Márcia Lopes. No atual mandato, o PT tem três vereadores em Londrina.

O efeito do mensalão foi tamanho, que o prefeito do PT de Londrina foi mal sucedido em sua tentativa de chegar à Câmara Municipal. Mesmo assim, o messiânico e abusado Lula continua acreditando que o povo não se importa com o Mensalão do PT, mas, sim, como possível rebaixamento do Palmeiras para a Série B do futebol brasileiro.

A situação torna-se ainda mais caótica se considerado o ato de que Londrina também é reduto político de Gleisi Hoffmann, chefe da Casa Civil; Paulo Bernardo da Silva, ministro das Comunicações, e André Vargas, deputado federal e secretário de comunicação do PT.