Correndo por fora – Vice-presidente da República e presidente licenciado do PDMB, Michel Temer agiu rápido para sufocar a intifada que poderia lhe custar a perda do cargo depois de 2014, caso a petista Dilma Rousseff se reeleja.
Há dias, o prefeito Eduardo Paes, do Rio de Janeiro, uma espécie de cristão novo no PMDB, lançou o nome do governador Sérgio Cabral Filho como candidato a vice na chapa de Dilma na próxima eleição presidencial. Decidido a liquidar o problema, Temer almoçou com Cabral e Paes, no Rio de Janeiro, onde disse que não há qualquer mal-estar em torno do assunto.
“Agora, só existe estar. Não ficaram arestas. Aliás, nós nem vamos falar nesse assunto”, disse Temer, após almoçar com Eduardo Paes, Sérgio Cabral e o vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), no Palácio da Cidade, na zona sul do Rio.
Em seguida, Michel Temer acertou a sua participação na chapa da presidente Dilma Rousseff. Por conta do apoio do PMDB a candidaturas petistas nas eleições municipais deste ano, Michel Temer garantiu a eleição do deputado federal Henrique Eduardo Alves e do senador Renan Calheiros, ambos do PMDB, para as presidências da Câmara e do Senado, respectivamente, em 2013.
Fora isso, o vice-presidente continua negociando uma maior participação do PMDB no governo federal, o que pode ocorrer no começo do próximo ano com a chegada de um peemedebista a algum importante ministério.
Toda essa movimentação deixou claro que Eduardo Paes é, além de fantoche do governador do Rio, um novato que tem muito a aprender. Até porque, passar Michel Temer para trás não é tarefa para estreante.