Depois de negociar seu apoio a Haddad, o derrotado Chalita fala em “jeito novo de fazer política”

Óleo de peroba – Candidato derrotado à prefeitura de São Paulo ainda no primeiro turno, o deputado federal Gabriel Chalita (PMDB) já posa de profeta do apocalipse. Na tarde deste domingo (28), Chalita disse que a vitória do petista Fernando Haddad e a derrota do tucano José Serra representam o “fim de um jeito de fazer política”.

Ao comentar a derrota do candidato tucano, o peemedebista disse que o PSDB errou ao insistir no nome de Serra. “Quem perde é a democracia. Houve um equívoco do PSDB”, disse Chalita no momento em que chegava a um hotel na região dos Jardins, em São Paulo, para comemorar a vitória de Fernando Haddad.

Sobre a vitória do petista, Chalita foi mais longe: “É a vitória do povo de São Paulo, de propostas, de projetos e de um jeito novo de fazer política”.

Sem dúvida o PSDB errou ao insistir na candidatura de José Serra e não apostar no novo. Um nome como o de Bruno Covas, neto do ex-governador Mário Covas, teria dado muito trabalho a qualquer dos candidatos. Contudo, Gabriel Chalita não tem cabedal para falar em jeito novo de fazer política.

Desde o começo do primeiro turno, Chalita participou da disputa como via acessória de Fernando Haddad. E essa opinião era corrente no conselho da campanha de Gabriel Chalita. Fosse um defensor de uma nova maneira de se fazer política, Chalita não teria negociado seu apoio a Haddad. E como pagamento o derrotado candidato do PMDB pode receber um ministério.

Sobre projetos e propostas, Gabriel Chalita por certo desconhece o significado da palavra lógica. Para cumprir o que prometeu durante a campanha, Fernando Haddad precisará de pelo menos cinco mandatos. Até porque, o tempo urge e o dinheiro é curto.