Cúpula petista corre para cobrir o rombo financeiro da campanha do eleito Fernando Haddad

Saldo vermelho – Quando Luiz Inácio da Silva chegou ao Palácio do Planalto, em janeiro de 2003, o Partido dos Trabalhadores levou para a capital federal as dívidas da campanha presidencial do ano anterior. Foi a partir desse passivo que surgiu o embrião do que viria a ser o Mensalão do PT, maior caso de corrupção da história nacional.

Depois de quitadas o milionário passivo da primeira campanha vitoriosa de Lula, o PT encontrou no esquema montado pro Marcos Valério o caminho para comprar parlamentares por meio de mesadas. Encerrada a temporada de impunidade, o Supremo Tribunal Federal condenou 25 acusados de participação no esquema criminoso que teve Lula como comandante.

Agora, passadas as eleições municipais, o PT está às voltas com a dívida da campanha de Fernando Haddad, prefeito eleito da cidade de São Paulo. O buraco na contabilidade da campanha do petista beira os R$ 30 milhões. Há quem diga que empresários prometeram abrir as respectivas carteiras para ajudar o PT a fechar a conta, mas não custa lembrar que o planeta enfrenta uma séria escassez de caridosos. Ou seja, esse suporte financeiro emergencial terá a sua devida contrapartida, até porque política é negócio.

É preciso que as autoridades fiquem atentas ao fechamento das contas da campanha de Fernando Haddad, pois um escândalo semelhante ao mensalão pode estar a caminho.