Chefe maior do Mensalão do PT, Lula se apequena e nada fala sobre a condenação dos companheiros

Silêncio obsequioso – Líder estudantil durante a ditadura militar e preso e depois exilado em Cuba, um modelo de democracia (sic), José Dirceu de Oliveira e Silva foi o principal articulador da campanha presidencial petista de 2002, que levou Lula ao Palácio do Planalto. Por conta disso, Dirceu passou a ser o principal ministro e confidente de Lula, a quem, segundo informações, tinha nas mãos.

Condenado a dez anos e dez meses de prisão por corrupção ativa e formação de quadrilha no processo do Mensalão do PT, Dirceu conta com o apoio da cúpula do partido, segundo o presidente nacional da legenda, Rui Falcão, mas até agora Lula não veio a público para comentar a condenação ou dar uma explicação aos brasileiros que lhe devotaram confiança.

O silêncio de Lula é no mínimo estranho, especialmente se considerado o fato de que o ex-metalúrgico inicialmente disse que de nada sabia, mas depois garantiu que o mensalão foi um golpe arquitetado pelas elites, parte da imprensa e pelo Judiciário.

Verdadeira raposa da política nacional, Lula sabe que qualquer declaração neste momento pode puxá-lo para o olho do furacão que levará ao cárcere alguns dos seus principais companheiros (José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares).

A omissão de Lula no momento é uma silenciosa confissão de culpa, algo que o Ministério Público e o Judiciário precisam levar em consideração, pois o principal mandante do maior esquema de corrupção do País não pode ficar impune e livre das grades.