Pressionado e isolado, relator da CPI do Cachoeira exala incompetência e mostra que é garoto de recado

Vergonha nacional – O fiasco em que se transformou a CPI do Cachoeira mostra a virulência do Partido dos Trabalhadores na política brasileira. Ridicularizado e isolado por adiar duas vezes a leitura do relatório e ter que pedir autorização à cúpula do PT para negociar mudanças no documento, o relator Odair Cunha (PT-MG) é um braço avançado de Lula e José Dirceu na comissão que foi criada com o objetivo de investigar os tentáculos do contraventor goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

No relatório que certamente será modificado, Odair Cunha pediu o indiciamento de 46 pessoas, entre elas cinco jornalistas. Policarpo Júnior, diretor da revista Veja em Brasília, é um dos alvos principais do relatório. Em sua justificativa, Cunha afirmou que “o Policarpo extrapolou o limite de fonte e jornalista”.

Desde o início da CPI sabia-se que a intenção do PT era retaliar todos aqueles que de alguma forma denunciaram o escândalo do mensalão. Para provar essa sanha criminosa, o relator incluiu no documento um pedido para que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, fosse investigado pelo Conselho Nacional do Ministério Público.

Por ser um parlamentar subserviente, Odair Cunha certamente desconhece o que é jornalismo e como se faz, ao mesmo tempo em que não tem noção do que significa extrapolar o limite, pois no PT essa palavra é considerada alienígena. E o Mensalão do PT é a prova de que para essa turma não há limites.

Para que esse estafeta de Lula aprenda o que é extrapolar limites, o ucho.info decidiu auxiliar o parlamentar petista. Extrapolar o limite, deputado, aconteceu quando o editor do ucho.info foi ameaçado por advogados do PT apenas porque divulgou com exclusividade as gravações do caso Celso Daniel, assunto que os integrantes do seu partido ainda devem uma explicação convincente.

Extrapolar o limite, deputado, ocorreu quando os telefones do editor foram grampeados e suas conversas, todas absolutamente legais, acabaram nas mãos de representantes do partido, que as utilizaram de forma indevida.

Extrapolar o limite, senhor relator, é quando um emissário do partido vai a um determinado Tribunal de Justiça, desafia um magistrado e faz ameaça de morte ao editor deste noticioso.

Extrapolar o limite, deputado, aconteceu quando o editor do ucho.info se recusou a fazer um dossiê contra José Serra e viu, horas depois, seus filhos sendo ameaçados, como se o mundo tivesse a obrigação de compactuar com o banditismo político do seu partido.

Extrapolar o limite, deputado Odair Cunha, aconteceu quando o editor do site apresentou à CPI dos Correios o caminho do dinheiro do Mensalão do PT e na sequência teve sua mãe sequestrada. Por certo alguém dirá que foi mera coincidência, mas na política isso não existe.

Deputado Odair Cunha, ainda há tempo para Vossa Excelência prestar um enorme serviço ao País. Contentar-se com a própria insignificância, pois quem se rende a ordens absurdas e descabidas só merece esse tipo de tratamento.