Papel carbono – Quando estourou o escândalo de Rosemary, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com muito acerto, disse que seu sucessor, Luiz Inácio da Silva, tem o péssimo hábito de misturar o público com o privado. Na verdade, desde que chegou ao Palácio do Planalto, Lula transformou parte da máquina federal em propriedade privada.
Contrariando o discurso de FHC, o governador Geraldo Alckmin, sem ter qualquer compromisso oficial que justificasse o seu ato, usou o helicóptero do governo paulista para buscar familiares no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, como se o contribuinte tivesse a obrigação de custear esse tipo de regalia pessoal.
Ao mesmo tempo em que enfrenta as seguidas investidas petistas em São Paulo, o PSBD tenta tomar do PT o comando do País, mas não será com atitudes idênticas aas dos adversários que os tucanos triunfarão. Sem contar que há muito o Brasil desconhece o que é oposição.
O mínimo que Geraldo Alckmin poderia fazer é ressarcir os cofres do Estado, pagando, a preço de mercado, pelo uso do helicóptero oficial. Se o governador estiver sem caixa para tal, que o partido reúna os seus caciques e faça uma “vaquinha” para honrar a conta.
