Ministério da Justiça notifica bancos, mas deveria combater a TAC e o juro do cartão de crédito

Mãos ao alto – Vinculado à Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, o DPDC (Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor) os seis maiores bancos do País foram notificados por problemas em pacotes de serviços, como noticiado na quinta-feira (13).

De acordo com Amaury Oliva, diretor do DPDC, as instituições (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú e Santander) terão prazo de dez dias para apresentar as respostas e os documentos solicitados. O material será avaliado por técnicos da secretaria e do Banco Central.

Sem dúvida alguma os bancos trocaram a perda decorrente da queda das taxas de juro pelos aviltantes pacotes de serviços, mas há outros abusos no setor financeiro nacional que deveriam ser monitorados e combatidos pelas autoridades.

A Taxa de Abertura de Crédito, a famigerada TAC, foi derrubada por iniciativa do editor do ucho.info, mas os bancos retomaram a ilegal cobrança de forma descarada e oficiosa, principalmente nos financiamentos de veículos. Para que o leitor tenha ideia do abuso, em alguns casos a TAC chega a R$ 2,5 mil, sendo que o valor quando embutido no financiamento torna-se ainda maior e mais abusivo.

A TAC é um assalto institucionalizado no País, que ocorre sob os olhos das autoridades e com a conivência irresponsável do Banco Central. É preciso decretar o fim dessa impunidade que grassa entre os banqueiros, pois em nenhum lugar do planeta há essa forma de cobrança que não passa de extorsão.

Outro assunto que deve ser fiscalizado pelas autoridades do Palácio do Planalto e do Banco Central é a taxa de juros no cartão de crédito. O cliente que cometer o erro de apelar ao chamado crédito rotativo deve sair o quanto antes dessa armadilha das administradoras de dinheiro de plástico. A situação torna-se ainda pior quando o incauto cidadão resolve sacar dinheiro com o cartão de crédito, pois a taxa de juro chega a 14.600% ao ano.