Luz de vela – O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) avaliou, no domingo (16), o problema no sistema interligado do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) que provocou interrupção no fornecimento de energia no início da noite de sábado (15), deixando milhões de consumidores sem luz nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte do País.
De acordo com nota do Ministério de Minas e Energia, o problema, que iniciou às 17h55, teve origem nas instalações da Usina Hidrelétrica Itumbiara, em Goiás. A usina, que pertence à Eletrobras-Furnas, é apontada como origem do desligamento de aproximadamente 8.800 megawatts (MW). Metade dessa carga cortada abastecia a Região Sudeste.
O apagão, em especial na região Sudeste, durou meia hora e deixou sem luz mais de três milhões de consumidores somente em São Paulo e Rio de Janeiro. O ONS informou que, após esse período, todas as instalações do Sistema Interligado Nacional (SIN) já estavam funcionando e que, aproximadamente uma hora depois da queda, mais de 90% da carga já haviam sido restabelecidos.
Ao tomar conhecimento do problema, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, convocou a reunião do CMSE, da qual participaram o secretário-executivo, Márcio Zimmermann; o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner; o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp; e o presidente da Eletrobras Furnas, Flávio Decat. È importante ressaltar que Zimmermann e Hubner são pessoas da confiança da presidente Dilma e tidos como especialistas no assunto.
Uma equipe técnica, com integrantes do ministério, da Aneel e do ONS foi enviada a Itumbiara (GO) para investigar o caso. Uma nova reunião está prevista para esta segunda-feira (17) reunião na ONS para analisar as causas da queda de energia.
Depois de ter garantido, em novembro de 2009, que o Brasil estava livre de apagões e o que ocorreu à época fora um blecaute, a presidente Dilma Rousseff vem enfrentando, nos últimos dois anos, uma série de apagões, os quais recebem explicações esdrúxulas, que servem apenas para enganar a parcela incauta da opinião pública.
Pense, caro leitor, se o tal apagão tivesse ocorrido na manhã de domingo, durante o jogo do Corinthians, que derrotou o Chelsea em Yokohama, no Japão. O Palácio do Planalto seria apedrejado.