Chave de cadeia – Os ministros do Supremo Tribunal federal reuniram-se na manhã desta quarta-feira (19) para encerrar oficialmente os trabalhos da Corte no ano, não avaliando a questão da prisão preventiva dos condenados no processo do Mensalão do PT (Ação Penal 470), o que contrariou alguns dos advogados que atuaram no caso e que queriam que o assunto fosse deliberado ainda nesta semana.
Com a decisão do STF, o presidente da Corte, ministro Joaquim Barbosa, decidirá sobre o assunto nos próximos dias, pois ele ficará em Brasília até meados de janeiro. O STF retoma os trabalhos somente em janeiro de 2013.
Procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que fez o pedido da prisão preventiva verbalmente no início do julgamento da Ação Penal 470, disse que entregará o pedido por escrito ao ministro Joaquim Barbosa até a próxima sexta-feira (21).
De tal modo, os réus que foram condenados à prisão podem romper o ano atrás das grades. A decisão de Joaquim Barbosa, se positiva, será em caráter liminar, devendo posteriormente ser apreciada pelo plenário do Supremo.
Os advogados por sua vez apresentarão os devidos recursos, mas os mesmos só serão analisados, com possibilidade de efeito, no retorno do Judiciário. Enquanto isso, José Dirceu, João Paulo Cunha, Delúbio Soares, Marcos Valério, Ramon Hollerbach, Rogério Tolentino e os dirigentes do Banco Rural passarão os dias de sobressalto. Nada que um comprimido de Lexotan ou de Rivotril não resolve essa ansiedade descontrolada. Até porque, quando protagonizaram o maior escândalo de corrupção da história do País nenhum deles ficou ansioso ou sem dormir.
