Situação crítica – Os despreparo dos donos do poder assusta e preocupa até o mais desinformado dos brasileiros. Com a crise econômica nacional correndo solto, Lula, em agradecimento à presidente Dilma Rousseff pelo providencial blindagem, colocou a culpa no movimento que chacoalha a economia de outros países. Até porque, como temos afirmado, petistas são magnânimos, semideuses e nunca erram.
Dilma, por sua vez, acreditando nas falácias de Guido Mantega, o ainda ministro da Fazenda, continua apostando no consumo interno para reverter a crise. Pois bem, os consumidores brasileiros já deram mostras que no próximo ano gastarão menos por causa do endividamento atual, situação que foi provocada pelas sandices de Lula.
Com dois terços da população recebendo menos de dois salários mínimos mensais, nenhum economista estreante apostaria em uma fórmula tão absurda. A situação piora quando percebemos que o aumento real do salário mínimo em 2013 será de apenas R$ 1,15. Ou seja, só mesmo um louco é capaz de acreditar que o povo, em situação de penúria financeira, partirá para as compras.
Não bastasse o nó quase cego em que se transformou a economia nacional, a geração de empregos no País registrou queda de 23,6% até novembro, com 1,77 milhão de novas vagas abertas. O cenário deve complicar quando a redução do IPI para o setor automobilístico for extinta. Í sim o governo saberá o que é desemprego.
O quadro torna-se desesperador no curto prazo quando consideramos o fato de que, segundo o IBGE, 49,3% das pessoas acima dos 25 anos não concluíram o ensino fundamental. O maior percentual desse contingente está nas regiões Norte e Nordeste. Isso porque Fernando Haddad, de acordo com Lula, foi o maior ministro da Educação de todos os tempos, tendo permanecido no cargo por quase sete anos. Ou seja, poderia ter minimizado a crítica situação, mas não o fez por falta de competência.
Quando Lula reforçou o seu ufanismo, ainda no primeiro mandato, o ucho.info alertou para o perigo de o Brasil enfrentar em poucos anos um apagão de mão de obra. Na ocasião, demos destaque ao fato de que o País começava a “importar” engenheiros. Nos dias atuais a situação é ainda pior, pois a escassez de profissionais se dá em todos os níveis, de pedreiro a motorista, de engenheiro a técnico da informação.
Resumindo, a mão de obra brasileira é desqualificada e isso compromete os investimentos estrangeiros no País, uma vez que dificilmente um investidor tirará dinheiro do bolso para apostar em um empreendimento que será refém de profissionais qualificados e competentes.
O governo federal camufla a situação com a balela da distribuição dos royalties do petróleo, cujos recursos, dizem, serão totalmente destinados à educação. Até que saia das profundezas oceânicas o primeiro patacão, a sociedade brasileira viverá com essa triste e absurda situação do despreparo e desconhecimento. Mesmo assim, alguns gazeteiros palacianos cometem a ousadia de afirmar que o Brasil é um país emergente e que em breve crescerá economicamente a taxas inimagináveis. Como?