Após a chegada do PT ao poder, o gaúcho Paulo Paim deixou de reclamar do pífio salário mínimo

Boca fechada – Na matéria sobre o novo valor do salário mínimo, publicada na edição de segunda-feira (24), o ucho.info criticou a forma como o governo federal, por meio da ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), iludiu os brasileiros em relação ao tema.

Um dia depois de a presidente Dilma Vana Rousseff, em seu pronunciamento de final de ano, afirmar que o seu governo estava dando poder de compra ao salário mínimo, o Palácio do Planalto informou que o novo valor que poderá ser pago a um trabalhador em todo o território nacional, a partir de janeiro, é de R$ 678.

Reiteramos que o governo tratou como aumenta a diferença de entre o salário atual e o próximo a vigorar em 2013 (R$ 56), mas, na verdade, parte disso é recomposição por causa da inflação oficial, que no campo da realidade é bem maior do que a anunciada. Em suma, o que deve ser considerado como aumento do salário mínimo é apenas o irrisório valor de R$ 20,98, que permite ao cidadão a proeza de colocar sobre a mesa mais um pãozinho a cada dia do mês.

Muito estranhamente, depois do anúncio feito pela ministra Gleisi Hoffmann, o senador Paulo Paim (PT-RS), outrora defensor de melhores salários para os trabalhadores brasileiros, se aquietou, como se o governo da companheira Dilma Rousseff estivesse fazendo um enorme favor aos cidadãos.

Em tempos de oposição, Paim circulava pelo Congresso Nacional empurrando um carrinho de supermercado com os produtos que o salário mínimo da época permitia comprar. Agora na condição de senador situacionista, Paulo Paim abandonou o carrinho de supermercado que usava como forma de protesto, pois imprevisíveis são as consequências quando se contraria os interesses do partido que reúne os herdeiros de Aladim e de Messias.

Quiçá algum leitor do PT, que apostou nas falácias do messiânico Lula, surrupiou o carrinho de supermercado para vendê-lo como sucata e garantir o dinheiro para o almoço do dia seguinte.

O silêncio obsequioso adotado por Paulo Paim é uma humilhação aos trabalhadores e aposentados de todo o País, que, segundo o Dieese, deveriam receber mensalmente mais de R$ 2,6 mil, o chamado salário mínimo ideal.

Os leitores não devem se preocupar com o assunto, pois a presidente Dilma Rousseff passou um Natal farto em companhia da família, situação que certamente se repetirá na passagem do ano, tudo financiado pelo suado dinheiro do contribuinte. Eis o Brasil, o país de todos e sem miséria.