Fulanização do fracasso – Um dos piores prefeitos da maior e mais importante cidade brasileira, São Paulo, Gilberto Kassab deixará ao final deste mês a administração municipal debaixo de uma vergonhosa avaliação. Há meses, a aprovação de Kassab não passava dos 20%, o que no mundo real dos números deve ter despencado.
Depois de se atirar no colo do PT, Gilberto Kassab recuou e passou a apoiar o tucano José Serra, que perdeu a corrida à prefeitura paulista também por causa da incompetência de seu afilhado político. Passadas as eleições, Kassab voltou a apoiar o PT, mais precisamente o eleito Fernando Haddad, de olho em um ministério para o partido que preside, o PSD.
Ousadia e desfaçatez são tão comuns na política, que Gilberto Kassab disse, sem qualquer sinal de rubor facial, que nos quatro anos de mandato cumpriu 55% das metas, cujo índice sobe para 81% quando são incluídas as obras em andamento. Como se fosse pouco contraria a realidade, o prefeito disse que sai da prefeitura deixando São Paulo melhor.
Quem circula pela capital dos paulistas diariamente sabe que Kassab falta com a verdade de forma escancarada quando faz tais afirmações. A situação das ruas e avenidas da cidade é tão crítica, que chega a fazer inveja à bombardeada e esburacada Kandahar, antiga capital do Afeganistão. Dirigir em São Paulo é um contínuo exercício de malabarismo. O cenário e tão crítico, que muitos trechos do circuito da São Silvestre estão sendo remendados às pressas.
Na véspera do Natal, a exemplo do que aconteceu ao longo do ano, uma forte chuva na noite do dia 24 deixou diversos bairros alagados, com pessoas desesperadas tentando salvar carros e pertences pessoais em meio à enchente.
O fiasco da administração de Kassab é tão evidente, que semáforos não suportam qualquer manifestação mais intensa de São Pedro, o responsável pelas torneiras celestiais. Desde a última segunda-feira, vários semáforos da cidade estão apagados, exigindo a presença de operadores da Companhia de Engenharia de Tráfego em muitos cruzamentos.
As seguidas críticas que fizemos a Gilberto Kassab e à sua vexatória administração nos renderam retaliações camufladas. Nos últimos quatro anos, o ucho.info não conseguiu credenciar um jornalista ou repórter fotográfico para cobrir o carnaval. Todas as solicitações foram negadas sem explicação alguma.
