Depois da batalha com o Congresso, Obama comemora acordo que evita “abismo fiscal”

Fim do sufoco – Passado o réveillon, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pode comemorar a chegada do Ano Novo, mesmo que com um dia de atraso. Às 23 horas (horário de Washington), a Câmara dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados brasileira), referendou o projeto anteriormente aprovado pelo Senado e que evita o “abismo fiscal”, como noticiamos na madrugada desta terça-feira (2).

Sob um quase interminável cabo de guerra entre democratas e republicanos, a Câmara dos Representantes, aprovou por 257 votos a favor e 167 contra o projeto enviado ao Legislativo por Obama. A Casa, onde a maioria é de republicanos, concordou em aprovar o projeto após receber sinal verde do Senado, que concordou em evitar o aumento de impostos da classe média e aumentar as taxas sobre os rendimentos acima de US$ 400 mil para pessoas físicas e de US$ 450 mil para os casais. No Senado, um dos principais articuladores foi o vice-presidente Joe Biden.

O acordo, que não é a solução definitiva para o grau de endividamento do país, traz um conjunto de mudanças nas despesas públicas, adiando para março algumas reduções. Um dos exemplos é o que acontecerá com os US$ 24 bilhões relativos ao Departamento de Defesa e vários programas internos que deverão ser adiados por dois meses.

Após a aprovação do projeto, o presidente Obama disse que o acordo é “apenas um passo” em um contexto de esforço mais amplo de fortalecimento da economia norte-americana. Ao afirmar que o déficit dos EUA é “demasiado alto”, Barack Obama disse estar “completamente aberto” para assumir o compromisso de reduzi-lo de forma equilibrada.