Sem perdão – Como se sabe, o ditador venezuelano Hugo Chávez, que já deve ter sucumbido em Havana e permanece à espera de alguém que burile da melhor forma a notícia de sua morte, sempre foi um incentivador e financiador das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), grupo paramilitar de esquerda que bambeia entre os status de narcoguerrilheiros e terroristas.
Aproveitando que as Farc são signatárias do grupo esquerdista Foro de São Paulo, Chávez resolveu usar a organização como plataforma de desestabilização da América Latina, o que o ajudaria na disseminação da teoria bolivariana, que ele próprio classificou o socialismo do século XXI.
Bastou o presidente da Venezuela ausentar-se do poder durante três semanas, enquanto era submetido a uma complexa cirurgia para tentar conter a metástase de um sarcoma que teve início na região pélvica, para que o Exército colombiano intensificasse suas ações contra as Farc, o que terminou com a morte de treze guerrilheiros do grupo. Vale lembrar que o bombardeio do Exército colombiano aconteceu enquanto o governo de Bogotá negocia com representantes das Farc, em Cuba, uma convivência supostamente pacífica.
Essa incursão do Exército da Colômbia mostra que a morte de Chávez deve provocar a interrupção da lufada esquerdista que sopra na América Latina, financiada com os petrodólares que emergem das reservas petrolíferas da Venezuela, enquanto o povo que acreditou no líder bolivariano passa necessidades das mais básicas às mais complexas.