Inventando moda – Há dois dias úteis no cargo de prefeito da maior cidade brasileira, o petista Fernando Haddad anunciou um plano para minimizar os efeitos das enchentes, comuns nessa época do ano por causa das chamadas chuvas de verão. Para tal, o Haddad selou uma parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas da USP, que se encarregará de monitorar os quase cem pontos críticos da capital paulista.
Outra medida a ser adotada, segundo o prefeito, é priorizar a eficácia da coleta do lixo, que, segundo Haddad, acaba entupindo bueiros e córregos. O que foi anunciado até agora pouco contribui para solucionar um problema que tornou-se crônico em São Paulo.
O detalhe que nenhum governante quer considerar é que São Paulo tornou-se uma cidade impermeável na maior parte da sua área. Diante desse cenário, não há como a água de chuva penetrar no solo, o que acaba fazendo com que as galerias pluviais deságuem nos rios que cortam a cidade. Os rios transbordam e a água da chuva começa a fazer o caminho inverso, inundando ruas e avenidas de determinadas regiões. Fora isso, a cidade cresceu de forma totalmente desordenada, avançando absurdamente sobre as várzeas dos rios.
A saída é iniciar um processo de substituição do piso da s calçadas, substituindo os existentes por um que é produzido a partir de pneus usados e é permeável, além de reduzir o número de acidentes com pedestres, que por ser emborrachado aumenta o atrito com o solado dos sapatos e evita escorregões.