Lula endossou decisão de Genoino de voltar à Câmara, mas petista enfrentará constrangimentos

Saia justa – A decisão de José Genoino, mesmo condenado à prisão pelo Supremo Tribunal Federal, de assumir o mandato de deputado federal teve a anuência do ex-presidente Lula, que pelos escândalos de corrupção e na condição de comandante-mor do Mensalão do PT não tem moral para endossar qualquer ato, nem dele próprio.

Essa notícia é mais uma prova de que Lula e o PT se especializaram no banditismo político e pouco se importam com a opinião pública, tão indignada quanto letárgica diante dos fatos que se sucedem em um país onde as leis são diuturnamente desrespeitadas.

A avaliação da cúpula do Partido dos Trabalhadores sobre o caso de Genoíno foi de que o mensaleiro condenado deveria partir para o enfrentamento político, como forma de minimizara os efeitos da decisão do Supremo.

Enfrentamento político não se faz convivendo com políticos da mesma estirpe, mas dando à sociedade, que teve o seu suado dinheiro roubado, explicações sobre o maior escândalo de corrupção da história nacional.

Avesso ao convívio diplomático, exceto com os pares com quem se identifica, José Genoino tratará a imprensa com truculência verbal todas as vezes que for questionado sobre o Mensalão do PT. Mas para quem receberá mais R$ 26 mil por mês dos cofres públicos, a tarefa não é tão difícil e hercúlea.

O único senão na curta passagem de Genoino pela Câmara é que ele terá de viajar regularmente a Brasília, correndo o risco de enfrentar situações que ocorreram por ocasião da eclosão do escândalo do Mensalão do PT, quando foi chamado de mensaleiro no Aeroporto de Congonhas e no avião em que viajou a Brasília. Desse constrangimento o petista dificilmente escapará.