Má vontade – Que o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, iria ao Rio de Janeiro a bordo de um conjunto de desculpas esfarrapadas todos já sabiam, mas a questão é acreditar em mais uma lufada de mitomania que emana da Esplanada dos Ministérios.
Durante encontro com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, um incompetente conhecido, Bezerra, ao se referir à tragédia que aconteceu em Duque de Caxias e Xerém, na Baixada Fluminense, como em outras cidades do estado, disse que entraves burocráticos e legais dificultaram o repasse das verbas federais destinadas a evitar ou minimizar catástrofes naturais. E que a lei precisa ser modificada.
Depois desse palavrório visguento e falso, Fernando Bezerra e Cabral Filho seguiram para os locais mais afetados da Baixada Fluminense, como se a presença de ambos resolvesse a difícil situação que centenas de famílias da região enfrentam.
A desculpa do ministro não convence, pois a presidente Dilma Rousseff, quando quer colocar em prática qualquer projeto do seu interesse, atropelando o Congresso Nacional, publica uma medida provisória que, por conta da submissão dos parlamentares, é aprovada com facilidade.
De acordo com o que determina a Constituição Federal, a medida provisória é um instrumento legal à disposição do Executivo, que dele pode lançar mão em casos de extrema urgência. Pelo que consta, evitar tragédias decorrentes de catástrofes naturais é assunto de urgência relevante. Fato é que a medida provisória transformou-se em ferramenta que transforma a democracia em ditadura disfarçada.