Dilma disse que não interfere em assuntos internos de outras nações, mas palpita na crise da Venezuela

Discurso trocado – Que os atuais donos do poder no Brasil são adeptos do totalitarismo disfarçado todos sabem, mesmo com as insistentes declarações da presidente Dilma Rousseff em prol da democracia e da liberdade.

Conhecido pelo humor insuportável e por sua ideologia trotskista, Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, o que não passe de um chanceler genérico, informou na noite de segunda-feira (7) que o governo brasileiro é a favor do adiamento, por até 180 dias, da data da posse do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que por conta de uma farsa descomunal ainda não teve a morte revelada.

O comportamento do governo da presidente Dilma Rousseff é no mínimo dual, pois quando perguntada sobre as atrocidades cometidas pelos irmãos-ditadores Raúl e Fidel Castros contra os dissidentes cubanos, a neopetista se limitou a dizer que o Brasil não interfere em assuntos de outras nações. O mesmo ocorreu quando consultada sob o regime de exceção que impera no Irã.

Qualquer palpite do governo brasileiro sobre o impasse que toma conta da Venezuela é intromissão e, assunto que não lhe compete. Ademais, o que o Palácio do Planalto faz é não apenas defender uma ditadura obsoleta, corrupta e populista, mas sugerir às autoridades locais que mandem às favas o que determina a Constituição do país.

Marco Aurélio Garcia deveria se recolher à própria insignificância, enquanto Dilma poderia ser mais seletiva na escolha de seus assessores. O Brasil tem um ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, a quem compete tratar de assuntos internacionais no âmbito da diplomacia e da relação com outras nações.

A ingerência brasileira no processo sucessório venezuelano se deve ao generalizado desespero da esquerda mundial, que não quer perder a América Latina como plataforma de relançamento de um ideal obtuso e que beneficia um ínfimo grupo de saltimbancos que se fantasiam de salvadores da pátria.

Que Dilma se preocupe com o amontoado de problemas que atravanca o crescimento econômico do País, começando pelo combate à inflação, que é muito maior do que os índices oficiais. Se a presidente não se recorda, coube a Hugo Chávez incentivar o índio-cocalero Evo Morales a se apoderar de uma refinaria da Petrobras na Bolívia, causando à petrolífera brasileira um prejuízo de US$ 1,6 bilhão.