Fugindo da responsabilidade pela crise energética, PT culpa usinas de estados governados por opositores

Sol com a peneira – Reconhecer que o País enfrenta dificuldades no setor de energia é algo que a soberba petista jamais permitirá que aconteça, até porque os “companheiros” são semideuses e como tal não cometem erros. Fora isso, admitir a possibilidade de apagões e racionamento de energia seria implodir o projeto de reeleição de Dilma Rousseff, a “gerentona”, que até agora não mostrou a que veio.

Considerando que os palacianos descartam a possibilidade de admitir a crise energética, a saída foi distribuir a culpa em duas frentes distintas. A primeira delas é a natureza, que não faz chover nos locais necessários, mas o ministro Edison Lobão, de Minas e Energia, já garantiu que isso não é problema. Possivelmente porque o senador maranhense tem um daqueles telefones vermelhos com ligação direta para São Pedro.

A segunda frente em que foi esparramada culpa foi a das usinas geradoras de energia. Para que a estratégia se consumasse, o PT acionou a sua tropa cibernética, devidamente remunerada, que, como afirma o brilhante jornalista Carlos Brickmann, é a “tropa do cheque”. Esses kamikazes de aluguel começaram a espalhar na rede mundial de computadores mensagens em que tentam convencer o internauta que a energia é produzida a um preço e vendida por valor quinze vezes maior.

O irresponsável que é pago para espalhar inverdades prefere ignorar que a carga tributária no Brasil é tão absurda, que o contribuinte é obrigado a trabalhar cinco meses por ano para entupir os cofres oficiais. Além disso, esse vendedor de mentiras desconsidera o fato que empresas são criadas para dar lucro, não para acumular prejuízos, como acontece com a Petrobras, apenas porque o governo central é incompetente.

A boataria de encomenda surgiu depois que, na quarta-feira (9), as ações da Cesp (SP) e da Copel (PR) dispararam na Bolsa de Valores diante da possibilidade de ambas as empresa lucrarem com o medo de racionamento de energia. A Cesp e a Copel, que recusaram a oferta do Palácio do Planalto de renovação antecipada das concessões, pois teriam enormes prejuízos, têm energia gerada disponível para contratação e que pode ser utilizada para a venda no mercado à vista.

A Cesp e a Copel são, respectivamente, empresas pertencentes aos governos de São Paulo e Paraná, estados comandados pelos tucanos Geraldo Alckmin e Beto Richa. Por conta desse detalhe, o PT aciona a sua camarilha para transferir a terceiros a culpa que lhe cabe.