Maquiagem oficial – Presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner não apenas nutre apreço por Hugo Chávez – afinal o tiranete salvou o país sul-americano da bancarrota comprando títulos da dívida externa e hoje cobra juros elevados do governo argentino –, mas tem o bolivariano como fonte de inspiração quando o assunto é totalitarismo e mentiras.
Cristina de Kirchner há muito vem repetindo o gesto de Chávez na tentativa de controlar os meios de comunicação na Argentina, mas é a sua intimidade com a mentira que a leva a parecer com o caudilho venezuelano. A atual inquilina da Casa Rosada anunciou que a inflação oficial do país em 2012 bateu na casa dos 10,8%, mas análises feitas por consultorias financeiras privadas apontam para 25,6%.
Há cinco anos o governo argentino decidiu mudar a metodologia de cálculo da inflação, o que faz com que o maior fantasma da economia seja aparentemente menos aterrorizante. Muito além das previsões dos analistas, a inflação real, aquela que é enfrentada pelo povo no dia a dia, já passou com folga a casa dos 30%.
A imprensa local tem colocado em xeque os números divulgados pelo governo, o que coloca sob suspeita inclusive os índices de crescimento da economia do país, mas Cristina de Kirchner está interessada em rezar pela cartilha totalitarista de Chávez, que sempre seguiu as ordens de Havana.
Enquanto a presidente argentina maquia a inflação, cresce o desemprego no país, muitos negócios estão fechando as portas e aumentou o mercado negro de dólar. É preciso saber até quando a senhora Kirchner vai sustentar essa novela que é uma homenagem à mitomania, pois o povo argentino há muito que sofre com as sandices de alguém que acredita ser a reencarnação morena de Evita.