Perderam o juízo – O mundo há de acabar um dia e o ser humano não terá visto tudo. Como o Palácio Miraflores, sede do Executivo venezuelano, insiste em manter funcionando a máquina de mentiras sobre Hugo Chávez, as notícias divulgadas pelo vice-presidente e presidente interino Nicolás Maduro, que governa desde Havana, são no mínimo estapafúrdias.
A primeira delas é a da posse. A Justiça da Venezuela instalou na presidência do país, sem necessidade da solenidade de posse, um morto que só estaria vivo por causa das máquinas que funcionam no hospital da capital cubana.
O segundo absurdo balbuciado por Maduro, que já jurou ter visto Chávez fazendo exercícios em Cuba, depois da cirurgia, é que o caudilho bolivariano está se recuperando de forma espantosamente contínua depois de um quadro de septicemia e estando em coma induzido.
Como mentir faz parte de qualquer modelo totalitarista e na Venezuela não é diferente, Nicolás Maduro disse na terça-feira (15) que Hugo Chávez está consciente e lúcido, a ponto de ter se reunido com, no quarto do hospital, com alguns ministros, que lhe passaram informações sobre a situação política no país. A galhofa tornou-se ainda maior quando surgiu a informação de que Chávez, o moribundo, quiçá não esteja literalmente morto, nomeou Elias Jaua como novo ministro de Relações Exteriores, cargo que vinha sendo ocupado por Maduro.
É preciso saber até quando esses tiranetes venezuelanos levarão essa farsa sobre Hugo Chávez, que em 11 de dezembro passado submeteu-se a complexa cirurgia para tentar conter a metástase de um sarcoma que começou na região pélvica, atingiu a medula óssea e obrigou os médicos a extirparem meio mero do intestino do tirano. Como se fosse pouco, Chávez sofre uma grave hemorragia durante a operação, que evoluiu para uma grave infecção pulmonar e, em seguida, para septicemia.
O que essa turma de aduladores de Chávez tenta é sufocar qualquer tentativa de reação por parte da oposição, pois o poder na Venezuela, sob o regime atual, permite uma roubalheira sem fim, patrocinada pela maior reserva de petróleo do planeta. E ninguém quer perder essa mamata, até mesmo os herdeiros de Hugo Chávez, que no chamado Pacto de Havana, liderado por Raúl Castro, cobram cargos estratégicos no novo governo venezuelano.