Jantar para esquentar o dinheiro das multas do mensalão foi um fiasco que combina com o PT

Furo n’água – Aconteceu o óbvio no jantar realizado por petistas, em Brasília, para angariar recursos para que os mensaleiros condenados pelo Supremo Tribunal Federal consigam pagar as multas impostas pela Corte, que somam pouco mais de R$ 1,8 milhão. O regabofe solidário foi um fiasco, até porque poucos são os cidadãos que querem colar a própria imagem a corruptos que saquearam os cofres públicos e protagonizaram um dos crimes políticos mais execráveis. O da compra de uma base aliada.

Se até mesmo petistas estrelados já tecem duras críticas aos condenados no processo do Mensalão do PT, não será um pedido burro que fará com que a militância aja para esquentar o dinheiro do caixa 2 do partido. É no mínimo inocência imaginar que o PT não tem o dinheiro da multa separado em algum canto, depois de dez anos de poder.

O valor das multas equivale ao dinheiro apreendido pela Polícia Federal (R$ 1,7 milhão), em 2006, com os aloprados de Lula e que seria utilizado para pagar o enfadonho Dossiê Cuiabá, conjunto de documentos apócrifos contra os candidatos tucanos Geraldo Alckmin e José Serra, que à época concorriam à Presidência da República e ao governo paulista, respectivamente.

Não custa lembrar que sobrou dinheiro no caixa do Mensalão do PT e de lá para cá o caixa 2 do partido foi reforçado por muitas propinas cobradas em obras públicas e outros quetais. Tanto é verdade, que a CPI do Cachoeira deu em nada porque avançar nas investigações acabaria escancarando as relações da Delta Construtora com Lula e Dilma Rousseff.

Com convites valendo de R$ 100 a R$ 1 mil, o jantar para ajudar os mensaleiros conseguiu reunir setenta pessoas em uma galeteria da capital dos brasileiros. Considerando que o jantar não saiu de graça e que todos pagaram R$ 1 mil por cada convite, o encontro em prol dos criminosos arrecadou menos de R$ 70 mil. Possivelmente, até o trânsito em julgado da sentença condenatória os petistas consigam encenar mais alguns jantares pelo Brasil afora, o que servirá como forno para legalizar o dinheiro que pagará as multas.