Fala que eu não te escuto – Quando tenta fazer uma ligação e não consegue, o que tem sido comum nos últimos dois anos, o usuário da telefonia celular fica nervoso e sem saber a quem recorrer. Denunciar à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) pouco adianta, porque o órgão que deveria fiscalizar o setor está politizado e, assim como outras agências reguladoras, decide de acordo com o interesse e a necessidade do governo federal.
A grande imprensa, que sempre conta com as verbas das campanhas publicitárias das empresas do setor, não denuncia o descaso das empresas como deveria, sob pena de perder o cliente. A grande verdade é que o sistema de telefonia celular no Brasil, que já estava congestionado, chegou à saturação com a entrada no mercado dos smartphones e tablets. Além das ligações, os usuários navegam na internet, o que aumenta o tráfego de dados e o consumo de banda.
Apenas em 2012, o Brasil registrou 19,54 milhões de novas linhas de telefone celular, o que representa aumento de 8,07% na base de assinantes. Com isso, o ano passado fechou com a incrível marca de 261,78 milhões de linhas ativas na telefonia móvel. Ou seja, há mais celulares no País do que pessoas.
De acordo com a Anatel, a teledensidade no País chegou a 132,78 acessos para cada grupo de 100 habitantes. Do total de linhas ativas, 80,53% são pré-pagas e 19,47% são pós-pagas. Os terminais 3G (banda larga móvel) totalizaram 59,19 milhões de acessos.
Esses dados mostram que é justa a defesa que o ucho.info faz há anos para que a tarifa do celular pré-pago seja reduzida e que não exista prazo de validade para os créditos, pois é nulo, para não afirmar que é negativo, o risco das operadoras com esse tipo de cliente.
A operadora Vivo lidera o mercado, com 29,08% de participação, seguida pela TIM, com 26,87%, da Claro, com 24,92%, da Oi, com 18,81%, da CTBC, com 0,28% e da Sercomtel, com 0,03%. (Do ucho.info com informações da Agência Brasil)
