Dificuldades na economia em 2013 podem comprometer projeto de reeleição de Dilma Rousseff

Encruzilhada política – Diferentemente do que tem anunciado a presidente Dilma Rousseff, de que o crescimento econômico em 2013 será vigoroso, discurso que é ratificado por muitos dos seus assessores, a expectativa entre os empresários é exatamente oposta. É voz corrente que este ano será o pior da crise que o Brasil vem enfrentando, sem qualquer reação efetiva por parte do governo federal, que insiste em medidas pontuais, além de atrasadas, como se o País tivesse vocação para colcha de retalhos.

Caso a expectativa do mercado e dos empresários se confirme, Dilma terá muito pouco tempo para fazer algo que lhe garanta condições mínimas para disputar a reeleição. Mesmo que o Brasil eventualmente conquiste a Copa de 2014, não será suficiente para a atual inquilina do Palácio do Planalto levantar voo rumo a novo mandato.

Ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos e diretor do Instituto Lula, Paulo Vannuchi negou nesta segunda-feira (21) que Lula pense em se candidatar novamente à Presidência. “Na disputa federal, ele (Lula) vai gastar toda a energia para a manutenção da aliança entre PT, PMDB e PSB”, disse Vannuchi, explicando que a aliança tripartite sofreu desgastes decorrendo das disputas municipais, em 2012.

Paulo Vannuchi sabe muito bem que Lula está de olho no Planalto e que só não confirma seu desejo agora porque o momento não lhe é favorável. Ademais, qualquer ação nesse sentido seria o mesmo que oficializar que torce contra Dilma Rousseff, algo que já notório nos bastidores do poder e que só não enxerga quem não quer.

Sem nome para disputar a eleição presidencial de 2014, caso Dilma Rousseff jogue a toalha, o PT não tem outro nome para colocar na disputa a ponto de garantir a vitória e a continuidade do status quo que fez o Brasil perder uma década. Fora isso, não se deve esquecer que, ao negar uma eventual candidatura, o político é candidato. Dilma que se cuide, pois Lula é adepto do jogo pesado e sujo.