Falta do que fazer – A administração de Fernando Haddad, prefeito de São Paulo, parte para mais uma atitude racista, algo que no vácuo do politicamente correto tem prosperado de forma assustadora no Brasil. Explicita a Constituição Federal que todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza, o que significa que não pode existir na sociedade privilégio por classe social, credo, raça e outros tantos itens.
No embalo do populismo que marcou a passagem de Luiz Inácio da Silva pelo Palácio do Planalto, de que foi ministro, Haddad autorizou Netinho de Paula, da Secretaria Municipal da Promoção da Igualdade Racial, a lançar a ideia de cotas para negros no serviço público. Não há discriminação maior do que criar exceções à regra para contemplar a inoperância do Estado, como um todo, que não consegue cumprir com seus mais básicos deveres.
A criação de cotas começou nas instituições de ensino superior, o que serviu não para garantir acesso ao ensino universitário aos afrodescendentes, mas para camuflar a péssima qualidade do sistema público de ensino. O ingresso no serviço público deve-se dar por competência, não por arranjos de última hora, patrocinados por quem é adepto do populismo chicaneira e desrespeitoso.
O ideal seria o Estado cumprir a parte que lhe cabe, proporcionando a todos os cidadãos, independentemente de raça, o ingresso no serviço público ou qualquer outra instância da sociedade. Quando o Estado apela a esses rapapés de última hora, travestidos de legalidade, equivale à pratica do racismo da maneira mais torpe e condenável possível.