Armadilha no caminho – Apresentada ao eleitorado como garantia da continuidade, a presidente Dilma Rousseff cada vez mais mostra-se dependente de Luiz Inácio da Silva, o enrolado e perigoso Lula. Essa dependência de Dilma obrigará a presidente a anular uma de suas ministras, Ideli Salvatti, de Relações Institucionais, cuja incumbência é tratar da articulação política do governo, mas que desde que assumiu o cargo nada fez.
Para não ser dragada pelos partidos da base aliada e muito menos ser refém do PMDB, que a partir de fevereiro comandará a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, Dilma terá um novo e oficioso articulador político. O próprio Lula, que entrará em cena para manter a aliança política que dá sustentação ao governo da sua sucessora, com especial atenção a Eduardo Campos, governo de Pernambuco, que é presidente nacional do PSB e forte candidato ao Palácio do Planalto em 2014. Outra preocupação palaciana é o PMDB, que, além de ser o maior partido da base aliada, terá concentração de poder.
Responsável pelo período mais corrupto da história nacional, tendo inclusive comandado o Mensalão do PT, segundo Marcos Valério, o ex-metalúrgico atuará a partir de fevereiro em duas frentes distintas. A coordenação política do governo da companheira Dilma, o que pode ser um perigo pois ele próprio pode ser o candidato presidencial petista, e na prefeitura de São Paulo, a mais rica do País, o que permite reforçar o caixa de qualquer campanha.
Dilma comete o mesmo erro do início do governo, quando teve a chance de enquadrar Lula, mas por suposta lealdade preferiu fechar os olhos para tudo o que viu. Não foi por falta de aviso que Dilma tornou-se dependente de Lula, pois foi classificada como um poste fincado por Lula na presidência, assim como aconteceu na prefeitura paulistana com Haddad. Acontece que esses postes só funcionam quando Lula quer. Eis o perigo.
O Brasil caminha na direção de uma ditadura socialista, nos moldes da que de maneira burra e absurda existe na Venezuela, mas os brasileiros preferem assistir a toda essa movimentação do sofá da sala de casa. Quando resolver reagir será tarde demais.
