Procura por crédito cai no setor empresarial e mostra que recuperação da economia está longe

Passos lentos – À frente de um governo acometido pela letargia administrativa, Dilma Rousseff, a presidente, acredita que a redução das tarifas de energia recolocará o Brasil na rota do crescimento. A certeza é tamanha, que o governo decidiu torrar o dinheiro do contribuinte em milionária campanha publicitária para anunciar o feito, que isoladamente servirá para nada. Sem contar que a decisão palaciana é uma via de mão dupla, pois dá com uma mão e tira com a outra, sem que o consumidor perceba o truque.

O pífio desempenho da economia brasileira em 2012 (0,98% de crescimento) impactará pelo menos no primeiro trimestre deste ano. A opinião de muitos empresários consultados pelo ucho.info é que 2013 tem tudo para ser o pior ano da atual crise enfrentada pelo Brasil. Uníssonos foram os entrevistados ao afirmar que de nada adianta reduzir a conta de luz se o restante está parado.

Um dos indicadores do nível da economia é procura por crédito. De acordo com a Serasa Experian, o número de empresas que procuraram crédito em 2012, em comparação com o ano anterior, caiu 5,2%. Trata-se do primeiro recuo anual do indicador desde 2009. A principal razão foi a queda de 6,2% na demanda por crédito das micro e pequenas empresas. Já as médias empresas aumentaram a procura por crédito em 11,6% no ano passado e as grandes, em 14,6%.

O setor de serviços registrou o menor recuo na procura por crédito em 2012, com queda de 3,5% ante 2011. O setor industrial registrou queda de 5,3%. O setor de comércio foi o que teve maior recuo, com 6,7%.

A cada vez que se usa um novo espectro para analisar a economia brasileira e suas perspectivas percebe-se a extensão da inoperância do governo e a magnitude da mentira contada aos brasileiros pelos palacianos. Pouco adianta reduzir a tarifa de energia elétrica se os preços da gasolina e do óleo diesel serão majorados dentro de alguns dias. O suposto esforço despendido de um lado será antecipadamente perdido do outro.

Há uma década, considerada perdida, o PT brinca de governar, administrando o Brasil como se fosse um boteco de porta de fábrica. Integrantes da equipe econômica do governo desconhecem o mais raso significado da palavra “planejamento” e insistem em medidas pontuais, adotadas depois do surgimento de um determinado problema, o que faz com que o País se transforme em uma sempre inacabada colcha de retalhos.

Enquanto Dilma Rousseff tomar coragem para demitir Guido Mantega e colocando um substituto à altura no Ministério da Fazenda, o que provocaria um choque de gestão na economia, o Brasil continuará andando de lado e com esse passo lerdo de um cágado de fundo de quintal. (Com informações da Agência Brasil)